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April 6, 2023

Romance, engenharia e robôs de batalha com My Mechanical Romance, de Alexene Farol Follmuth


Vocês sabem quando dizem “um pouco de salada, um pouco de droga, pois equilíbrio é tudo”? Então, é mais ou menos assim que eu organizo minhas leituras. Depois do soco no estômago que foi ler A Guerra da Papoula, imediatamente falei “preciso de um romancinho bem água com açúcar”. O escolhido foi My Mechanical Romance, de Alexene Farol Follmuth e sim, eu chamei esse livro de “My Chemical Romance” umas 50 vezes sem querer.

My Mechanical Romance foi, na verdade, o primeiro livro que Follmuth publicou tradicionalmente (ou seja, com uma grande editora), pois até então ela estava publicando de forma independente sob o nome... Olivie Blake! Sim, a autora de A Sociedade de Atlas também escrever romances água com açúcar! E eu, como fã da Olivie desde os tempos que lia as suas fanfics, comprei o livro assim que pude.

O livro conta a história de Bel que acaba sendo compelida a entrar no clube de robótica da escola, mesmo que a contragosto. Ao mesmo tempo que descobre um talento nato para engenharia, Bel enfrenta Mateo Luna, o capitão do time e nerd sem defeitos aparentes (vocês já viram pra onde isso vai, né?). Teo e Bel trazem à tona as inseguranças um do outro, levando a embates com bastante entretenimento.

My Chemical Mechanical Romance é um livro fofo e leve, mas que ao mesmo tempo questiona porque meninas são desencorajadas de seguir seus interesses nas áreas do STEM (ciências, tecnologia, matemática e engenharia). Com uma linguagem mais juvenil, devido a sua classificação etária, a estória demonstra como pressão externa, falta de apoio e sexismo permeiam muitas das interações entre meninas com as áreas de exatas.

Mas, além disso, também nos serve rivais-acadêmicos-que-meio-que-se-gostam, batalhas de robôs, Taylor Swift e dois jovens que, sob a superfície, estão lidando com suas próprias questões de confiança, pressão familiar, divórcio e expectativas como filhos de imigrantes.

Para mim, foi uma leitura agradável e rápida, um respiro perfeito após as tensões d’A Guerra da Papoula. As relações da Bel e do Teo com suas respectivas famílias, e da Bel com a Neelam, a outra engenheira do clube de robótica, foram minhas partes favoritas. As batalhas de robôs eram dinâmicas, as personagens secundárias interessantes (até as que me irritaram) e o livro atendeu todas as minhas expectativas de romancinho-água-com-açúcar.

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